A pré-temporada acabou e o ano já começou. Então, vamos pra campo, porque prometi a mim mesmo ter disciplina de atleta aqui no blog. No último post falamos sobre o Marketing do Esporte, e como combinamos, abordaremos nesta troca de passes o outro "lado do campo" o Marketing pelo Esporte. Mas, antes temos que revelar a resposta do quiz do post anterior. O que tinha a final dentro da caixa entregue por um carteiro aos árbitros da partida de futebol? Quem respondeu a bola do jogo, acertou mas não levou!!! A ação que alguns podem talvez ter creditado a uma empresa de material esportivo, como a realizada na Copa de 2010 pela fornecedora Adidas, com a bola Jabulani num pedestal na saída do túnel dos vestiários no acesso ao campo, se enganou desta vez. A ação é dos Correios relacionada ao produto Sedex. Pelo que soube através da imprensa, alcançou sucesso na intervenção, mas poderiam ter maximizado esse retorno em acordo com a TV detentora dos direitos de transmissão.
Antes de lançar foco sobre o tema principal do nosso post, vamos esclarecer então o que seria o Marketing pelo Esporte. Entre definições e conceitos, posso simplificar e dizer que é uma disciplina de marketing 360º, e não somente um formato de mídia. E mais, exige um alinhamento de marcas, produtos e serviços, além de seus públicos-alvo, associados a determinado esporte e ao posicionamento estratégico da empresa. Outra característica marcante, é a relação custo x benefício, que se bem planejado, alcança altos índices de retono do investimento. No mercado existem alguns tipos e modalidades de atuação no esporte e podemos diferenciá-los da seguinte forma, como: Patrocinador, Investidor e Parceiro. E destacá-los em diferentes níveis, como: Entidades, Eventos, Clubes e atletas.
No momento paramos por aqui a parte teórica, mas voltaremos de forma recorrente a abordar e aprofundar esse assunto, com as práticas de maior destaque no mercado.
Ronaldinho Gaúcho This is it: Quanto vale o show?
O que comentar sobre essa novela, poderia até ser um desenho animado ou comédia pastelão do retorno do jogador ao Brasil, exportado para todo o mundo com altas audiências e exposição massiva na mídia, inclusive com o reconhecimento da FIFA como a mais espetacular transação no mercado do futebol.
No papel, o clube parece ter feito bem o trabalho de casa, seja no planejamento do projeto de repatriar o ídolo como nas relações públicas. E principalmente, espero que tenham gerenciado bem os riscos altos da operação e projetado ações de gestão de possíveis crises. O resultado final estará atrelado diretamente a performance dentro de campo e gestão da imagem fora deles.
Mas, vamos ao números desta nova produção do entretenimento esportivo, divulgadas pela imprensa e em breve dentro de campo ou na TV mais próxima:
Transferência/Liberação: R$ 6,7 milhões para o Milan.
Salário + Direitos de Imagem: 1,3 milhões por mês, podendo chegar a R$ 2 milhões no variável.
Investimento total: aproximadamente R$ 100 milhões nos 42 meses de contrato com o clube.
Patrocínios pontuais na estreia do jogador: R$ 900 mil numa única partida.
Vendas de camisas: 30 mil unidades já vendidas ou R$ 240 mil de receita apenas do modelo especial do Ronaldinho antes mesmo da sua estreia. A Expectativa é de 1,5 milhão de unidades do clube, até o final do ano.
Expectativa de retorno financeiro: R$ 200 milhões só com o marketing.
Estamos juntos e misturados nos próximos post por aqui!!! Mandem seus comentários, críticas, sugestões e elogios.