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quarta-feira, 23 de março de 2011

Anabolizantes e Esportes!






A história mostra que o uso de drogas no esporte não é recente. Há relação de uso de substâncias que podem ser caracterizadas como uma espécie de doping há mais de 2700 a.C, na china, onde o imperador da dinastia Cheng, descreveu o efeito estimulante de uma planta local utilizada por lutadores e desportistas chineses para dar mais ânimo e coragem nas disputas. O uso de anfetaminas e EAA também foi registrado entre soldados na Segunda Guerra Mundial. Esse uso tinha o objetivo de diminuir a fadiga, aumentar a agressividade e encorajar os soldados a enfrentar o campo de batalha.
Tanto atletas, para melhorar o desempenho, quanto freqüentadores de academias em busca de um corpo perfeito colocam sua saúde em risco para obter resultados de forma rápida. Entretanto, os efeitos colaterais gerados pelos esteróides androgênicos anabolizantes (EAA) parecem não compensar o risco, principalmente por suas conseqüências para o sistema cardiovascular.
*androgênicos = hormônios responsáveis pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários masculinos. Ex. Testosterona.
Os EAA são substancias derivadas da testosterona, modificadas sinteticamente por manipulação química do plasma animal, humano ou não, com a intenção de isolar o efeito anabólico (construtor) do efeito androgênico.
Achados anatomopatológicos apontam que o uso de EAA leva alterações na integridade funcional e orgânica, tanto no coração como no sistema vascular periférico, bem como as modificações humorais. Segundo tais achados, esses efeitos, direta e/ou indiretamente, podem desencadear ou mesmo perpetuar doenças cardiovasculares.
O uso de EAA leva as importantes alterações no metabolismo lipídico. Dentre elas, destacam-se o aumento ou manutenção dos níveis de colesterol total, principalmente por diminuição do HDL e o aumento ou manutenção do LDL.
A apresentação e a discussão dos resultados sobre esses efeitos colaterais do uso de anabolizantes ressaltou seus efeitos mais destrutivos ao organismo. A mudança no perfil lipídico, o aumento na pressão arterial, a hipertrofia cardíaca, além de alterações no sistema nervoso central, em conjunto, representam um sério risco á saúde desses indivíduos, podendo resultar até na morte súbita.
Embora desde 1950 os EAA tenham sidos usados como doping, somente em 1960 ocorreu o primeiro caso que chamou a atenção mundial, em razão da grande deformidade física provocada em um atleta, e, apenas em 1974, o uso de EAA foi inserido na lista de antidoping pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Nas olimpíadas de Seul, 1988. o caso famoso de um atleta considerado insuperável teve como consequência a sua suspensão, quando foi detectada a presença de estanazolol em seu exame de urina.
Apesar das punições impostas pelo COI, frequentemente os atletas são flagrados com exames positivos para drogas proibidas e impedidos de participar de competições por um longo período. Ultimamente Daiane dos Santos e Maurren Maggi foram acusadas nesses exames.
Confira a lista dos atletas flagrados em 2009
Atletismo
Bruno Lins; Evelyn Santos; Fernanda Gonçalves; Jenifer do Nascimento Silva; João Gabriel Santos Souza; Jorge Célio; Josiane Tito; Leonardo Elisário dos Santos; Luciana França; Lucimar Teodoro; Lucimara Silvestre; Marcelo Moreira; Rodrigo Bargas; Hamilton Castilho; William Gomes Amorim
Ciclismo
Alex Diniz; Cleberson Weber; Alex Arsenio; Alcides Vilela
Ginástica artística
Daiane dos Santos
Natação
Lorena Rezena
Triatlo
Mariana Ohata